No dia 2 de fevereiro comemora-se o oitavo centenário do nascimento do rei Jaime I de Aragão. Por isso, foi a data escolhida para inaugurar a exposição de alguns dos documentos mais importantes do seu reinado que se conservam no Arquivo da Coroa de Aragão.
Não é necessário sublinhar a relevância da figura deste monarca como um dos criadores da antiga Coroa de Aragão e por extensão das origens de Espanha. Ele expandiu as fronteiras de seus domínios hispânicos de forma extraordinária, incorporando os reinos muçulmanos de Maiorca e Valência. De realçar também a sua dimensão europeia, pela diversidade e amplitude das relações internacionais que estabeleceu com todos os monarcas ocidentais, que pela primeira vez incluíram os territórios hispânicos no conjunto das relações políticas do continente. Suas conquistas lançaram as bases para a futura expansão da Coroa de Aragão no Mediterrâneo. Do ponto de vista cultural, aliás, a corte deste monarca teve uma influência transcendental na recepção e difusão do common law por toda a Europa, bem como na transmissão da cultura cristã medieval.
Entre os documentos expostos encontram-se alguns de grande significado histórico, como o Tratado de Almizra entre Aragão e Castela (1244) pelo qual se fixam os limites da respetiva expansão pela Espanha muçulmana ou o Tratado de Corbeil, assinado com o Rei de França (1258), pelo qual renunciou aos seus direitos históricos sobre a antiga Marca Hispânica. Podemos ainda destacar os sucessivos testamentos do monarca, os contratos de casamento dos seus filhos e os documentos relativos às conquistas de Maiorca e Valência. Algumas peças agregaram valor artístico, como o cartaz da irmandade de Santa María de Tárrega, com uma notável miniatura central.
De 1º de fevereiro de 2008 a 26 de julho de 2009